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abrilsempre

De terceira

De terceira Esta manhá estivem escoitando a Radio Galega caminho do cholho. Programa: Noticias Primeira Hora
Antonio Gutiérrez (debe de estár a ver se o ascendem e nom tem que madrugar tanto)
Eu a verdade é que som moi sufrido (creo que som masoca). Nom sei como puidem aguantar tanto que escoitei sem poder dizer nada. A ver se me podo desafogar.
Falavam sobre o naçonalismo (catalám e vasco), dos galegos nem sequera diziam nada.
Tres persoas, as tres totalmente de acordo em todo. Vaia muermo.
Que se o Rovira aquí, que se o Ibarretxe alá, que se o Maragall. Que se a constituçom e os estatutos. Que se o naçonalismo é umha cousa do século XIX, que se os naçonalistas som insolidários, que se o naçonalismo está desfasado (nom deve de estar tanto, quando adicam meio programa a falar del)
Pero, se tanto falam (estes da radio) de que as naçons periféricas som Espanha, e se representam legitamente aos seus respectivos povos (nós nom temos nem isso, que tristura), por que caralho nom podem construír umha Espanha á vontade da gente que lhes vota. Supom-se que se o povo catalám e vasco votam naçonalismo será porque (ao melhor me equivoco) som naçonalistas e querem maiores liberdades para os seus países.
Pero, claro, agora venhem os de Madrid e os de todas as radios e televisons a dizer que agora nom vale, que o que dim os vascos e cataláns está mal, que som como um ghrano no cú. Debe ser que realmente Catalunya e Euskadi nom som Espanha, por isso nom tenhem dereito a fazer um estado diferente, nem a levar adiante o mandato dos seus povos, nem sequera tenhem direito a discrepar e opinar. Nom, definitivamente si que hai como dim na radio e na televisom cidadáns de primeira (oficialistas)e de segunda (naçonalista vascos e cataláns). Nós, por desgraça, somos de terceira. Já se ve na imaxe, onde está a nossa bandeira?

1 comentario

Boedense -

O importante é que se fale dun, sexa para ben ou para mal, porque iso significa que saímos do anonimato. En canto á situación do nacionalismo galego, eu penso que está nunha boa liña. Teño a sensación de que este é o ano do cambio. Feliz Ano, blogueiro.