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abrilsempre

Sempre


Ainda que quedase em nada

Miguelinho apoia o Cava catalám.


Este Nadal recibiremos ao pai de Miguelinho cumha garrafa de Freixonet.
Sede Felices

Galiza Sedenta

De terceira

De terceira

Esta manhá estivem escoitando a Radio Galega caminho do cholho. Programa: Noticias Primeira Hora
Antonio Gutiérrez (debe de estár a ver se o ascendem e nom tem que madrugar tanto)
Eu a verdade é que som moi sufrido (creo que som masoca). Nom sei como puidem aguantar tanto que escoitei sem poder dizer nada. A ver se me podo desafogar.
Falavam sobre o naçonalismo (catalám e vasco), dos galegos nem sequera diziam nada.
Tres persoas, as tres totalmente de acordo em todo. Vaia muermo.
Que se o Rovira aquí, que se o Ibarretxe alá, que se o Maragall. Que se a constituçom e os estatutos. Que se o naçonalismo é umha cousa do século XIX, que se os naçonalistas som insolidários, que se o naçonalismo está desfasado (nom deve de estar tanto, quando adicam meio programa a falar del)
Pero, se tanto falam (estes da radio) de que as naçons periféricas som Espanha, e se representam legitamente aos seus respectivos povos (nós nom temos nem isso, que tristura), por que caralho nom podem construír umha Espanha á vontade da gente que lhes vota. Supom-se que se o povo catalám e vasco votam naçonalismo será porque (ao melhor me equivoco) som naçonalistas e querem maiores liberdades para os seus países.
Pero, claro, agora venhem os de Madrid e os de todas as radios e televisons a dizer que agora nom vale, que o que dim os vascos e cataláns está mal, que som como um ghrano no cú. Debe ser que realmente Catalunya e Euskadi nom som Espanha, por isso nom tenhem dereito a fazer um estado diferente, nem a levar adiante o mandato dos seus povos, nem sequera tenhem direito a discrepar e opinar. Nom, definitivamente si que hai como dim na radio e na televisom cidadáns de primeira (oficialistas)e de segunda (naçonalista vascos e cataláns). Nós, por desgraça, somos de terceira. Já se ve na imaxe, onde está a nossa bandeira?

Re-descubrindo Iron Maiden


Levo toda a semana escoitando os velhos discos de Iron Maiden. Melhor dito, as cintas pirateadas com datas de gravaçom dos anos 89 e 90. Quem dizia que o cassete nom era um soporte duradeiro (seguem escoitando-se igual que fai 15 anos, igual de mal pero igual). Nalgumhas cançons escoita-se o "cric cric" dos discos de vinilo, deses tamém tenho uns quantos que fai anos que nom escoito porque o aparelho que os reproduz está no quarto da prancha com dez milhons de camisetas e toalhas enriba (Nos tempos que correm tivo que reorientar a sua carreira para desempenhar novos trabalhos).
Todo isto dos Iron Maiden começou por umha idea que temos de fazer umha desas festas temáticas (A festa Heavy. Adicada aos Heavies de Martín) na que todos tenhem que ir vestidos para a ocaçom (pantalons de tuto, camisolas pretas dos grupos máis míticos por exemplo Motley Crue, destas tamém tinha umha boa coleçom, e a ser possível ghrenhas).

Seguro que hai quem se lembra desta minha camisola, acompanhou-me durante anos, era das minhas preferidas. (creo que tamém reorientou a sua carreira, trabalhou no serviço doméstico como trapo). Agora que o penso. Que sacrilégio.

Pois no sítio onde queremos fazer esta festa nom tinham nada de Irom Maiden. Ao dia seguinte recompilei todas as cintas que tenho deles e puxem-me a escoita-las por orde umha tras outra, até o último que tenho, um do ano 92. Despois já lhes perdim bastante a pista (como a quase todos).

Os Heavies tamém eramos amantes do audio-visual, nese tempo o contrabando de videos estava moi de moda. Os directos de AC/DC (nota: nunca atopo o raio no teclado, seguro que os que desenham os teclados som pijos), os videos gravados dos "minutos musicales" dos sábados pola manhá... "Can`t I play with madness" era um dos máis repetidos e reflexava moi bem os sentimentos dos Heavies adolescentes desa época (falava, ou melhor dito, nas images aparecia um adolescente que era Heavy, fam de Iron Maiden, e que estava estudando nun típico colegio inglés deses moi estrictos). Digo o das images, porque os Heavies cantavamos todas as cancións de Iron Maidem ou Manowar pero sem ter nem "papa" de inglés, se chegávamos a saber o que significavam os títulos já era bastante)
Todo isto vinha a que o tempo passa moi rápido sem dar-te conta. Eu onte era um Heavy, Eu queria ser um Heavy de Martim, desses que via passar todas as tardes para entrar no clube que tinham no meu bairro. As cintas seguem nas mesmas gavetas que fai 15 anos e parece que foi onte quando as estava ordenando por orde alfabético para nom tolear se me entrava o antoxo de escoitar a Judas ou Twisted Sister. Lembro perfectamente o dia que me quixem fazer Heavy, estava em 6º, tinha 11 anos, e algúem levou ao colegio o disco de "The number of the Beast" e me picou a curiosidade, um vezinho maior que mim fixo o resto.

Agora que já escoitei as 7 ou 8 cintas que tenho deles (desde o 80 ao 92), quedarom-me ganas de ter algo máis para escoitar e cantar sem ter nem idea de inglés. Mais seguramente os discos novos nom me digam tanto como os antigos, porque os antigos vam asociados a uns sentimentos e unhas experiencias vividas que lembras com nostálgia.

Silvio

Silvio

15 de setembro de 2004. Silvio Rodríguez. Pavilhom das travesas. vigo.
Ante os gritos de: "Cuba si, ianquis nom"
Resposta de Silvio: "ojalá un dia, mas bien antes que después, podamos decir, Cuba si, yanquis también".
No escenario é de poucas palavras pero contundete quando abre a boca. Comentava no jornal do dia que seguia crendo na revoluçom, e o que considerava erros os decia em Cuba, que nom queria que as suas palavras puidesem ser usadas em contra da Revoluçom.
Tocou dúas maravilhosas horas que pasarom num pis pas cum "Gracias a todos y a cada uno"
Até outra Silvio.

Igualinho a Manuel Maria

Igualinho a Manuel Maria

O domingo passado um amigo comentava que tinha a sensaçom de que ia morrer jovem, que ia padecer umha enfermidade longa e moi sufrida. Estivemos frivolizando sobre a sua “enfermidade”, sobre a sua agonia, de como repartiria os seus livros e demais pertenças e de como seria o seu enterro. Nom queria funerais religiosos, nem curas e sobre todo, nom queria cruces nas esquelas… Igualinho a Manuel Maria.

Que País!

Que País!

Que enveja. Poder escoitar de boca dum presidente que nos podemos auto-governar, que podemos ter um projecto nacional (catalám, galego no nosso caso). E isto sendo um presidente dum partido estatal. Tenhem país, nós tamém. A diferença está em que eles o sabem, som conscientes de te-lo e estám orgulhosos disso. 11 de setembro.
Diada de Catalunya. Que País!

Acava o verám

Assi como se nada o verám chegou e o verám marcha. Que ajinha passou todo. Esta é a minha última semana na taberna. Este foi um verám moi fugaz. Fai varios dias que nom escrevo nada, o caso é que nom tivem moita vontade de por-me a escrever, a semana passada foi fodida, moi fodida. Agora despois do verám chegaram novas cousas, ainda nom sei bem que cousas, pero coido que algo novo virá, ainda que seja umha rutina, que de vez em quando tampouco bem nada mal para colher novos folgos. Este venres acavo na taberna, o sábado vou de voda, casa minha irmá. A seguinte semana farei umha viage cos quartos das propinas e á volta a preparar as opos....

chegarom os ingleses

Como todos os anos por estas datas chegarom os ingleses a comer à tasca. Som clientes habituais de todos os veráns e se fixerom moi amigos dos meus chefes desde hai moitos anos.
En realidade nom som ingleses, som filhos de galegos emigrados a Argentina que à sua vez emigrarom fai moitisimos anos a Inglaterra.
Hoje a senhora perguntame: "... y el gallego que?"
Resposta: o galego de mal em peor.
Nom sei exactamente a que referia com esa pergunta, mais foi o que me saíu. nota: estes deixam moi boas propinas, hoje convido eu aos cafés com gelo e crema
Polo demais nada novo no frente. Sigo esperando que chegue um dia por alí o tipo que me dixo que me ia denunciar por levarlle umha tapa de polbo a outro antes que a el. Por certo, para este senhor chamo-me Joam Carlos Gómez Parada e tenho um DI que nem sequera lembro. Ou outro que nom volveu aparecer desde que lhe botei 4 cubitos de gelo ao cubata en vez de 2, antes que me chamara "as de dios"

A moda minhota

resulta que hoje me enterei de que polo visto @s galegos somos meio "cromanhons" por comer as sardinhas coa mam, à moda minhota como dizem os nossos irmans do sul. um grupo de espanhois dim-me: "... menos mal que ahora nos has traido tenedores para esto, es que antes hemos tenido que comer las sardinas con las manos como los cromañones".
Em fim, expliquei-lhes que normalmente aqui ninguém come as sardinhas com garfo. Nom me semelharom moi convencidos. Alá eles.

Aniversários. parabéns

2 de Agosto. Aniversário do nascimento do grande José Afonso.
E aniversário tamém do meu sobrinho pequeno (13 anos já). Nasceu estando eu em Donosti pasando as ferias em 1991. Que grande verán aquel e o seguinte tamém o do 92, o meu primeiro ano de dorneiro, puff, o tempo nom corre, voa....

Seres tabernarios 1. O senhor José

O senhor José é um dos meus seres tabernarios preferidos. Chegou desde algumha parte perto de Ourense a estas terrra hai mais de 60 anos para ficar e traballar de joieiro. O senhor José ten 82 anos e todavía ten alento para contar umha historia cada dia. Nom tem contos para grandes multitudes, os seus contos som para contar em pequenos círculos, entre outras cousas porque fala moi baixinho e hai que prestar-lhe bastante atençom se queres saber de que vai o conto. O senhor José toma um vinho pola manhá e umha cerveja pola tardinha, dia tras dia. É umha persoa moi tranquila e moi retranqueira e quando abre a boca merece a pena prestar-lhe ouvidos... nunca fala por falar.

Começa a Festa do Termo

Começa a Festa do Termo

Despois da Festa da Dorna, que nom decaia a Festa.
Em Ribeira por estas datas, entre a festa da Dorna e as Festas de Agosto jurde da nada a Festa do Termo. Creada por um grupinho de gente que tem ghanas de que nom decaia a parranda. Nom tenho nem idea de que actividades haberá este ano, nem sequera que dia se proclamará a República do Termo entre Ribeira e Palmeira. Eu tomei-me a liberdade de desenhar um cartaz para commemorar tal evento. Foi um medio encargo dum dos dirigentes do comité Revolucionário da Festa.

Primeiros portugueses

Na taberna onde estou trabalhando já chegarom os primeiros portugueses desta minha marea. O prototipo de sempre, gostam do polbo e das lulas, as sardinhas coa mam se som Minhotos (à moda minhota), se nom som normalmente com garfo e faca e logo um café (umha bica) especificando café curtinho co que querem dizer que querem café moi cargado ainda que sejá pequeno. Som dos meus clientes preferidos sobre tudo quando levo t-shirts das suas terras e tenho tema e tempo para falar um bocadinho com el@s. Polo demais, sem novidade no frente.

Acabou a festa da Dorna

Acabou a festa da Dorna

Pufff. Acabou a Festa da Dorna. Acabou nun "filispim". A todo meter, nom me deu tempo nem de escrever de novo. o Dia da Dorna quase morro, Despois de 2 días de festa, e de durmir 4 horas, chegou o gram esperado dia, o Dia da Pátria Chica, o nosso particular 25 de julho, cum dia de adianto. Nota: serei capaz de estar um 25 de julho em Compostela??. A ver se algúm dia som capaz de ir de reengamche. Puidem ter ido ás 9, quando cheguei à casa, mais nom estava em condiçons de conducir e despois de metido na cama já nom hai "dios que me levante".
Agora passada a Festa da Dorna, comezam para mim as "Historias Taberneiras". Se tenho algo que contar já vos irei informando.

Dia 2

Comunicando desde a retaghuarda. De aqui a um pouco estarei novamente na "alhada". Hai que ir afinando esas ghorxas que hoje toca cançom de tasca.
"Minha nai a mim berrou-e
por botar um ferrancholo
se o botei fixem bem
tamém o botou Manolo"
Ademáis hoje tamém temos o tradicional barril de cerveja no Plasa. A ver se o damos acabado, porque nestes últimos anos andamos um pouquechinho fracos. Onde vam os tempos nos que bebiamos 2 se nom se queimava o tirador antes....

Comeza a Festa da Dorna

Comeza a Festa da Dorna em sério.
22 de julho de 2004.
Hoje temos jogos populares de mar
Enghalanamento das fanequeiras
Exame d@s nov@s patróns/as das novas penhas
Vam ser 3 días a tope. O máis relaxado hoje.
Todavía nom se respira moito ambiente dorneiro. A maioria dos meus compenheiros estám trabalhando e manhá toca erguer-se cedo e nom andar demasiado resacos@. Manhá toca cançom de tasca, aí si que ninguém reserva nada.
Comezaremos-lhe com esa que di:
Bota vinho do Ribeiro
Taberneiro bota vinho
Que os de Ribeira pra cantar-e
Temos que beber primeiro.

Adiante Sardinheirooooooooooo

Eu acredito

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!

Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,

Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar

Contra os canhões marchar, marchar!

..... Hoje toca marchar, marchar. Força Portugal. Eu Acredito

Nom tam picantes

Nom tam picantes

Onte foi o concerto. A verdade é que me apuntara sobre todo pensando que ia viver umha experiencia no Monte do Gozo parecida à de hai 5 anos cos Rolling Stones.
Nem por asomo. Nos último día, a medida que o concerto se ia acercando, cada vez havia máis expectación. A meirande parte dos que fomos ao Monte do Gozo era a primeira e talvez a última vez que vejamos a esta banda e moitísimo menos se esperamos que voltem à Galiza. Por isso, creo que se agardava moitísimo deles.
Os pementos picavam, mais nom era para tanto, conheço algúns de Padróm que picam moito máis. O problema foi todo polo som (para isso que esa mesma tarde me dixeram que coidavam sobre todo este aspecto) Eu reconheço que som moi bos, tocam bem, tenhem um espectáculo decente, tenhem cançons moi boas e conhecidas. Estes 4 ianquis suponho que poríam todo o que tinham para fazer-nos passar um bo rato, mais quando estas num concerto deste estilo e te podes passar todo o tempo falando co do lado sem ter que berrar-lhe na orelha... pois já me diredes. Em vez de estar botando como posesos pouco mais e nos sentamos.
Como podia soar aquilo tam baixinho?. Nós estavamos atrás de todo, perto das barras, e onde noutros concertos, alí mesmo, se escoitava de marabilha, nesta ocasióm, nada de nada.
Agora sei que marcham para o Japóm, a ver se aos japoneses lhes vai melhor que a nós.
Nota: estivem vendo as ediçons digitais dalgúns jornais do país e nom fam referencia aos problemas de som.